sábado, 20 de maio de 2006

O que eu vou ser quando crescer?

Estou pensando em chutar o pau da barraca e virar artista de rua.
Vou começar escrever uns contos idiotas e sem talento nenhum, imprimir, grampear mal e porcamente e sair tentando vender na Av. Paulista, em feiras de artesanato, porta de teatro, etc.
Se eu soubesse fazer artesanato seria uma boa, mas como não sei, vou ter que apelar pro lado da literatura mal paga e de botequim.
Para abodar alguém com potencial de compra para meu artigo preciso pegar a pessoa desprevinida, brotar na frente da pessoa sem que ela perceba de onde eu sai, e com cara de feliz dizer: Você gosta de literatura? Depois da pergunta eu começo enrolar a pessoa numa conversa mole, coloco as folhas grampeadas na mão dela e só no final digo que ela pode levar aquele grande material literário por um preço simbólico que paga o sulfite.
E tenha certeza que pelo preço dá para perceber que o texto será escrito com letra de ouro no sulfite.
São muitas as vantagens: artista de rua paga mico e nunca fica sem graça, conhece um monte de pessoas diferentes, tem sempre algum otário para comprar as suas porcarias e também pode ganhar lembrancinhas, refrigerantes, salgadinhos, etc.

2 comentários:

Anônimo disse...

é uma boa hahaha

Rafa Gimenez disse...

Só toma cuidado pra não se viciar em drogas...