domingo, 13 de julho de 2008

A Revolução está acontecendo na minha casa

Outro dia quase tive um surto às 7h da manhã quando me deparei com minha irmã que tinha acabado de acordar.
Ela estava com a minha velha camiseta do Che Guevara.
Pensei: É a Revolução!
Sim, eu tinha uma camiseta dessas. Todo adolescente que se preze teve uma camiseta do Che.
O adolescente que não teve uma camiseta do Che não teve adolescência.
Minha irmã não teve, mas ela faz parte de um outro grupo de jovens.
O grupo o qual me refiro queria mudar o mundo, queria aprender espanhol só pra conhecer a América Latina, queria o fim da desigualdade, queria uma distribuição de renda mais justa, admirava Cuba, acreditava nas boas intenções do ser humano, sonhava que todos tivessem mais oportunidades e o necessário para viver bem e ser feliz, que o Estado fosse responsável pelos cidadãos. Esse grupo era sonhador e se decepcionou com a impossibilidade colocada pelo mundo de concretização dos seus sonhos.
Minha irmã nunca se enquadrou nessa descrição. (A descrição em que ela se adequa farei em uma outra oportunidade.)
Por isso o motivo do meu espanto, mas eu tinha acabado de acordar. Quando me dei conta percebi que ela estava usando a camiseta pra dormir ou secar o cabelo. Sabe aquela roupa velha que você usa em casa?
Enfim, pelo menos ela dormiu com o Che. E ele é gatinho! Eu pegava!

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